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PCP acusa Governo de “fingir que negoceia” com sindicatos da função pública

PCP acusa Governo de “fingir que negoceia” com sindicatos da função pública
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Publicado em 23 de novembro de 2022, às 18:19

Governo e sindicatos da administração pública reuniram-se esta quarta-feira. Frente Comum diz que não há novidades na legislação laboral.

O PCP acusou esta quarta-feira o Governo de fugir “permanentemente do diálogo e da discussão séria” com os sindicatos representativos dos trabalhadores da administração pública, “fingindo que negoceia”, e de lhes apresentar “uma mão cheia de nada”.

“O Governo tem-nos vindo a habituar a duas coisas. Uma é à fuga permanente do diálogo e da discussão séria com os sindicatos, fingindo que negoceia mas não negoceia coisíssima nenhuma porque já definiu e estabeleceu aquilo que são as suas orientações”, afirmou o dirigente comunista João Dias Coelho.

Em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa, o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP considerou que, “em regra, o que acontece é que Governo vai fazendo o chamado jogo de sombras chinesas, mas depois apresenta uma mão cheia de nada”.

“A verdade é que os trabalhadores da administração pública continuam a ver, grande parte deles, as suas carreiras paralisadas, como acontece com os enfermeiros, como não contagem dos pontos para a atualização das suas carreiras profissionais e a evolução das suas carreias profissionais, com impacto naturalmente nos seus rendimentos”, apontou.

Governo e sindicatos da administração pública reuniram-se esta quarta-feira para discutir alterações à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, prevista no acordo assinado no final de outubro.

No final, a Frente Comum apontou que a reunião terminou sem novidades.

“A Frente Comum tem razão, os sindicatos da Frente Comum têm razão quando dizem que saíram de lá com uma mão cheia de nada, porque é isso que o Governo nos tem habituado a fazer”, criticou o dirigente comunista.

“Podemos dizer o Governo do PS como foi governo do PSD/CDS, que ainda foi mais longe, porque esse então produziu cortes brutais nos rendimentos dos trabalhadores da administração pública que só foi possível repor, grande parte deles, com o esforço e empenhamento do PCP na chamada nova fase da vida política nacional”, defendeu João Dias Coelho.


Autor: Agência Lusa