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Caminhos difíceis

A vida desportiva em Braga está com os caminhos difíceis para os próximos tempos, a pedir uma equipa competente e um trabalho árduo de todo o grupo. Assim, pode ser que esta pausa, destinada à presença das seleções no Mundial do Catar, ajude na consecução de um rumo que conduza ao sucesso.

A liga portuguesa levou os Gverreiros do Minho até ao Algarve, em busca de três pontos que lhe permitissem uma positividade maior na preparação do futuro regresso das competições internas. O jogo não seria fácil em nenhum contexto e este não fugia à regra.

As duas derrotas caseiras consecutivas para a liga, frente a Chaves e Casa Pia, arrepiavam os cabelos das memórias braguistas. Ciente das dificuldades crescentes que os adversários colocam em cada desafio, o SC Braga entrou assertivo no jogo e disposto a definir cedo o seu rumo. Porém, o guarda-redes algarvio não fazia por menos e cotava-se como o melhor elemento em campo, num filme que se repete amiúde. Quem também não facilitava era o árbitro Tiago Martins que mostrava, uma vez mais para quem tivesse dúvidas, que a ausência de árbitros na fase final do mundial não acontece por acaso e reflete a incompetência geral da arbitragem portuguesa, que deve refletir com o objetivo de melhorar.

Os brácaros falharam um número obsceno de chances de golo e viram a situação piorar quando os portimonenses inauguraram o marcador, contra as expectativas gerais e mostrando que a lógica não existe no futebol. O resultado enganador que se verificava ao intervalo foi corrigido por Iuri Medeiros de penálti, que assim mostrou existir em Braga quem saiba concretizar esse tipo de lances em golo, e por Vitinha, que marcou um golo que deu a volta à cabeça do VAR e do árbitro, que após algum tempo a visionar o lance não vislumbrou forma de anular o golo. Mas a saga de Tiago Martins e do VAR que o acompanhava teria seguimento nos descontos, transformados numa espécie de prolongamento, quando assinalou penalti, com recurso à tecnologia, ao qual juntou duas expulsões, e que o sobrenatural se encarregou de anular, ao enviar a bola para a bancada. Estava definido o resultado, que permitiu aos arsenalistas continuarem no terceiro lugar até à retoma da liga, pelo menos. Ora, esta arbitragem não augura nada de bom para o futuro na liga. Espero estar enganado.

A outro nível, o sorteio da Taça de Portugal colocou um caminho nada fácil ao SC Braga, se quiser lutar pela presença na final. Além de defrontar, na Pedreira, o rival Vitória SC, cruzará, em caso de apuramento, o caminho do Benfica, de novo em casa. Assim, a Pedreira pode assistir às decisões que possibilitem aos bracarenses chegar à almejada final. O sorteio podia, e devia, ter sido mais amigo, uma vez que as bolas da sorte não criaram qualquer empatia com os Gverreiros do Minho.

Em ambas os contextos descritos, o SC Braga tem mesmo caminhos difíceis se quiser chegar aos objetivos a que se propõe. Assim haja competência que o apoio não faltará, certamente.

Uma nota final para o futsal que, em poucos dias, empatou com o Benfica, em Braga, e venceu o Sporting, no seu terreno, pelo que a equipa dá mostras de ser capaz de conseguir feitos outrora inatingíveis, desde que não estrague com as equipas de menor dimensão o que fez contra as melhores.


Autor: António Costa
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17 novembro 2022