A OM anunciou, em comunicado, que o 25.º Congresso Nacional surge com «o principal objetivo de construir um caminho com resultados imediatos, mas orientado para o futuro, estrutural e capaz de modernizar o sistema de saúde português, nomeadamente o Serviço Nacional de Saúde». «A nível interno, com uma nova equipa ministerial, uma nova estrutura [direção executiva do SNS] e uma grave crise no acesso a cuidados de saúde, Portugal atravessa um momento crítico e deve decidir que Saúde quer ter durante os próximos anos», afirma o bastonário da Ordem, Miguel Guimarães, citado no comunicado.
«Em tempos conturbados, é necessário, mais do que nunca, pensar estruturalmente. A Saúde pode contar com os médicos para essa reflexão e, sobretudo, para contribuir para a ação. É esse o papel e a responsabilidade que a Ordem dos Médicos assume perante a sociedade: ajudar a que todos os cidadãos tenham uma Saúde melhor, mais segura e com equidade de acesso. Seja hoje, seja durante os próximos anos”, acrescenta.
O congresso tem como tema a “Saúde em Mudança” e vai abordar temas como: “Desafios para a Formação Médica”, “As profissões da Saúde: pensar o futuro hoje”, “Reforma do Sistema Nacional de Saúde”, “Hospitais Periféricos, presente e futuro” e “Transformação Digital na Saúde e Sistemas de Informação”.Vai realizar-se também uma conferência sobre “Saúde global, desafios e oportunidades”, com Lujain Al-Qodmani, presidente-eleita da Associação Médica Mundial, seguida de um debate sobre “os desafios e oportunidades” com pessoas da sociedade civil, adianta.O novo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo, vai explicar que “SNS quer para o século XXI e as propostas que tem através da sua direção-executiva”.
Para o bastonário, o facto de haver uma nova equipa no Ministério da Saúde e uma nova direção-executiva do SNS «pode significar uma mudança» e «uma oportunidade» para responder aos «grandes desafios» e aos «problemas crónicos» do Serviço Nacional de Saúde, como a falta de profissionais. «Temos uma oportunidade de melhorar o acesso aos cuidados de saúde por parte dos doentes e de introduzir melhorias de qualidade no Serviço Nacional de Saúde e no sistema de saúde, que são muito importantes para todos os portugueses», salienta Miguel Guimarães.
O congresso conta com intervenções de várias individualidades, entre as quais o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a antiga ministra da Saúde Maria de Belém Roseira, a ex-bastonária da Ordem dos Farmacêuticos Ana Paula Martins, o médico Álvaro Beleza.
Autor: Redação/Lusa