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PSD de Caminha «duvida» de contrato e vota contra centro de exposições

PSD de Caminha «duvida» de contrato e vota contra centro de exposições
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Publicado em 26 de outubro de 2022, às 16:52

O partido acredita que a notícia avançada esta manhã vai «ao encontro» das «dúvidas» do partido em relação ao contrato.

O PSD de Caminha avança ter votado contra o contrato-promessa de arrendamento para fins não habitacionais, aprovado em 2020, para a construção do Centro de Exposições Transfronteiriço (CET), por considerar que «devia ser analisado profundamente». «Nós já tínhamos alertado para esta situação que devia ser analisada profundamente, porque se estava, eventualmente, a fugir a um visto do Tribunal de Contas. Não estávamos a entender e, portanto, já na altura votámos contra esta proposta», afirma Liliana Silva.

Contactada pela Lusa a propósito da notícia avançada pelo Público, relacionada com um alegado «adiantamento duvidoso» de 300 mil euros para aquele projeto, feito por Miguel Alves, agora secretário de Estado, quando liderava a Câmara Municipal de Caminha, a líder da bancada do PSD no mandato anterior, composta por três elementos, disse ser «curioso» ver que a notícia «vem ao encontro de tudo» o que os social-democratas defenderam na altura e das «dúvidas» que o partido levantou sobre o assunto.

O contrato-promessa de arrendamento para fins não habitacionais foi aprovado em 2020, pela maioria socialista na Câmara de Caminha, então presidida por Miguel Alvese, por maioria, na Assembleia Municipal com vista à construção do CET.Na altura, os três vereadores do PSD que integravam a autarquia, rejeitaram aquele contrato por «não defender os interesses de Caminha e visar a fuga ao visto do Tribunal de Contas». «Este contrato promessa de arrendamento está a ser feito para beneficiar um privado em concreto. Não nos parece de todo razoável tanta pressa, em cima do joelho e sem qualquer estudo de viabilidade económica, para fazer um contrato promessa de arrendamento que irá hipotecar por longos anos o concelho de Caminha», defendeu.

Liliana Silva, que no atual mandato integra a coligação O Concelho em Primeiro (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM) salienta ainda que «a única coisa» que o partido pediu na altura «é que se averiguasse esta situação». «Nós pedimos às entidades que nos são mais próximas. Aliás, o próprio Tribunal de Contas poderá estar também a analisar este processo», explica.

O atual presidente da autarquia de Caminha, Rui Lages, rejeita qualquer «dúvida ou ilegalidade» no contrato-promessa de arrendamento. Garante ainda que o CET é «estratégico» para o concelho, «porque vai criar emprego e vai criar, acima de tudo, uma sinergia que não existe por ter associada ao CET a construção de um Centro de Ciência e Tecnologia».


Autor: Redação/Lusa