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Município de Caminha considerado exemplar na área da Proteção Civil

Município de Caminha considerado exemplar na área da Proteção Civil
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Publicado em 02 de outubro de 2022, às 12:01

José Luís Carneiro participou na apresentação das novas Equipas de Intervenção Permanente de Caminha.

Oministro da Administração Interna considera que Caminha tem sido «um município exemplar na área da Proteção Civil».

José Luís Carneiro participou ontem na apresentação das novas Equipas de Intervenção Permanente (EIP) de Caminha e de Vila Praia de Âncora.

O local escolhido para a sessão foi o Lugar do Souto do Rego Grande, em Riba de Âncora, onde o governante pôde conhecer o trabalho desenvolvido na gestão de combustíveis com recurso a pastorícia, de caprinos e ovinos, orientado pelo Conselho Diretivo dos Baldios de Riba de Âncora.

O ministro enalteceu o trabalho do Município de Caminha. Estas duas EIP – que se juntam às duas criadas em 2018 – «representam a aposta num modelo de resposta profissional que tem dado provas de grande eficácia, por todo o país», explica.

O governante defende que a constituição, em 2018, de uma equipa de Sapadores Florestais, e o investimento e a prioridade que tem sido dada à limpeza dos terrenos em torno de aglomerados e da rede viária mostram que Caminha tem sido um município exemplar na área da Proteção Civil.

«A Câmara Municipal de Caminha e o Conselho Diretivo dos Baldios de Riba de Âncora são também exemplo pela forma como colaboram, partilhando meios humanos e materiais - um bom exemplo do que deve ser o espírito subjacente a um sistema de proteção civil: a cooperação entre entidades e agentes», afirma.

O governante focou a sua intervenção no período que agora se inicia, dizendo que outubro costumava ser o início de um período de acalmia, o que não se prevê este ano, já que se esperam, em alguns dias, temperaturas de 35 graus ou até superiores. José Luís Carneiro sublinhou que este mês, e perante o cenário esperado, não se pode «baixar a guarda», nomeadamente no que se prende com queimadas e máquinas agrícolas.

O ministro revelou também que a investigação dos fogos subiu este ano, com 87% de casos sob investigação, o que representa 92% do total de área ardida. Só cerca de 27% das ocorrências, no entanto, terão sido originadas por incendiarismo.

Quanto a detidos, José Luís Carneiro frisou foi efetuada mais de centena e meia de detenções.

O governante destacou ainda o papel das alterações climáticas, lembrando que a Comissão Europeia já admitiu que cada país, só por si, não terá capacidade de combater os seus efeitos. Tudo isto, disse, implica uma grande responsabilidade coletiva. O risco de incêndio aumenta, destacou, quando se reúnem três fatores: temperatura acima dos 30 graus, ventos de mais de 30 quilómetros e menos de 30% de humidade; o que começa a ser vulgar para além do verão, daí a relevância de uma forte consciência coletiva.


Autor: Redação