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Vítor Dias (IPDJ) diz quem em Portugal há falta de «cultura e literacia desportiva»

Vítor Dias (IPDJ) diz quem em Portugal há falta de «cultura e literacia desportiva»
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Publicado em 21 de setembro de 2022, às 17:21

Instando a comentar os casos sucedidos em FC Famalicão, antes do jogo com o Benfica, e, no último fim de semana, durante o Estoril-FC Porto.

Depois de uma criança ter sido obrigada a assistir ao jogo entre FC Famalicão e Benfica de tronco nu, por ter tentado entrar no estádio dos minhotos com uma camisola dos ‘encarnados’, e por outra criança e um pai terem sido insultados e cuspidos na receção do Estoril Praia ao FC Porto, e dos casos terem sido alvo de condenação por parte de várias entidades e responsáveis ligados ao desporto mas também de outras áreas, hoje foi a vez de Vítor Dias, director da delegação regional do Norte do Instituto Português do Desporto e Juventude - IPDJ), comentar o assunto, tendo lançado algumas "farpas" aos atuais dirigentes desportivos. «O que pode esta iniciativa (Semana Europeia do Desporto) trazer para uma maior consciencialização em relação a isto? Em Portugal faltam cultura desportiva e também de outra coisa que estamos a introduzir que é a literacia desportiva. Há demasiadas pessoas a dizer o que não sabem e a dizerem disparates publicamente. E pessoas com responsabilidade, o que é ainda mais grave. Em relação ao sucedido nas últimas semanas tenho a dizer que se discute tudo menos o essencial. O essencial é os atos em si. O facto de haver nevessidade uma criança ter de tirar uma camisola para assistir a um jogo. Ou, então, aquelas pessoas que, de tuma forma que tiveram uma atitude e postura inaceitáveis, revelam bem o que nós em Portugal temos de caminhar. Temos de passar desta mentalidade de monomodalidade. Ninguém pode escolher aquilo que desconhece. É preciso que as crianças possam conhecer outras modalidades e “beber” os valores mas nobres que o desporto tem (espírito de equipa, trabalho em equipa, esforço e dedicação). Saberem que há adversários e não há inimigos. Sem adversários não há jogo. Sem árbitros é igual. Sem dirigentes não há clubes. Temos de nos respeitar todos e essa mensagem tem de ser passada o mais cedo possível», atirou o responsável pela entidade responsável pela coordenação a nível nacional da Semana Europeia do Desporto, quando questionado sobre os casos sucedidos em Famalicão, antes do jogo com o Benfica, e, no último fim de semana, durante o Estoril-FC Porto. Depois de uma criança ter sido obrigada a assistir ao jogo entre FC Famalicão e Benfica de tronco nu, por ter tentado entrar no estádio dos minhotos com uma camisola dos ‘encarnados’, e por outra criança e um pai terem sido insultados e cuspidos na receção do Estoril Praia ao FC Porto, em jogos da I Liga, também João Paulo Correia, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, salientou a necessidade de atuação. «Já passaram alguns anos das últimas medidas e chegou a hora de introduzir novas medidas, depois de ouvirmos o setor e de termos a perceção ao que é preciso responder», frisou o responsável. Entretanto, os delegados da Liga e elementos da PSP reportaram o sucedido no Estoril Praia-FC Porto, tendo o presidente do clube estorilense, Alexandre Faria, lamentado o sucedido e apontado o dedo ao pai da criança, tendo-o acusado de «provocações constantes desde o início do jogo, ofendendo, com os maiores palavrões imagináveis e com gestos, quem se encontrava na bancada de adeptos do Estoril Praia, esgotando a paciência de qualquer ser humano num momento daqueles».

[Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]


Autor: Pedro Vieira da Silva