twitter

Campanha do Banco Alimentar de Braga vai ajudar cerca de 53 mil pessoas

Campanha do Banco Alimentar de Braga vai ajudar cerca de 53 mil pessoas
Fotografia

Publicado em 28 de maio de 2022, às 18:14

Recolha em mais de 100 supermercados do distrito envolve entre 2500 a 3000 voluntários

O Banco Alimentar Contra a Fome regressou, este fim de semana, à campanha presencial de recolha nos supermercados, uma iniciativa que decorre num período especialmente difícil, em que as consequências económicas e sociais dos tempos de pandemia, e agora da guerra, continuam a fazer-se sentir. Em Braga, a doação de alimentos, que decorre em mais de 100 supermercados de todo o distrito, destina-se a apoiar 366 instituições, o que se traduz na ajuda alimentar efetiva a cerca de 53 mil pessoas. Pilar Barbosa, do Banco Alimentar Contra a Fome de Braga, adiantou ao Diário do Minho que a campanha de maio costumava traduzir-se na recolha de 110 toneladas de alimentos no distrito, mas dadas as muitas dificuldades que o país atravessa, evita fazer previsões para este ano, mas reforça que o Banco Alimentar «confia muito na generosidade dos portugueses, que são sempre muito generosos, e que compreendem bem a fase difícil que o país está a passar». A responsável chamou a atenção para as dificuldades que atravessam também as instituições, pois são elas, de facto, que ajudam mais diretamente os utentes. «Nós ajudamos as instituições e elas ajudam os utentes. E as dificuldades das instituições têm aumentado porque continuam a receber exatamente o mesmo por cada utente, mas tiveram custos acrescidos de eletricidade e de combustível, e viram os seus custos aumentar em cerca de 30%. Agora basta pensar com que liquidez é que ficam. No fundo é o mesmo que acontece nas famílias», sustentou. A responsável vincou que «se na altura da pandemia houve um aumento de pedidos de ajuda, os que agora pedem, pedem mais, porque, nos últimos meses, as famílias perderam liquidez e a situação financeira ainda piorou». Contudo, e apesar do aumento dos custos dos alimentos, ontem os bracarenses pareciam fazer jus à sua tradicional generosidade, e as campanhas nos hispermercados da cidade, correram bem, na generalidade. Florinda Grilo, professora, e voluntária que hoje coordenou a recolha no Hipermercado Continente, em Lamaçães, sublinhou que, «mesmo os que têm rendimentos reduzidos, e algumas pessoas que também recebem apoio do Banco Alimentar, quiseram contribuir, mesmo que com pouco». Evidenciou ainda o envolvimento dos jovens voluntários, a maioria alunos do terceiro ciclo, que participaram ativamente na recolha, aplicando na prática os conceitos que aprendem nas aulas de cidadania. [Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Carla Esteves