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Dois anos de trabalho artístico em bouça no Gerês em exposição no Porto

Dois anos de trabalho artístico em bouça no Gerês em exposição no Porto
Fotografia

Publicado em 14 de maio de 2022, às 10:34

Em paralelo com a instalação, patente até 02 de julho no espaço da dupla de artistas e curadores, na Rua D. Manuel II, no Porto, é lançado um livro com o mesmo nome

A “Arquivos de Bouça Fria” é inaugurada hoje no Neblina, um espaço entre ateliê e galeria de Daniel Moreira e Rita Castro Neves, no Porto, expondo “o culminar de um processo” de dois anos numa bouça no Gerês.

“Esta exposição é um bocadinho o culminar de um processo, que parte de visitas a uma bouça de apenas um hectare e que se situa na aldeia de Vila Boa, no Parque Natural Peneda-Gerês, a que temos ligações afetivas, familiares”, explicou à Lusa Rita Castro Neves.

Em paralelo com a instalação, patente até 02 de julho no espaço da dupla de artistas e curadores, na Rua D. Manuel II, no Porto, é lançado um livro com o mesmo nome, pela editora Museu da Paisagem.

O trabalho aqui exibido dá continuidade a vários outros momentos expositivos e de performance ao longo de dois anos de trabalho naquele território, assim como o livro, e também ao estilo de trabalho de Moreira e Neves, refletindo sobre como um espaço de ateliê pode também servir para interferir com o desenho expositivo.

“A exposição é um recolher e acrescentar de todos esses materiais que já produzimos. É um misto de trabalho de ateliê, e há coisas colocadas como se fosse no ateliê, mas também de peças, objetos, que já usámos em mostras anteriores”, explicou Rita Castro Neves.

Já Daniel Moreira nota a diferença para as mostras anteriores, seja pela incorporação de “documentos de apresentações e performances, como as folhas de sala, e fotografias das instalações e textos”.

No livro, por seu lado, há textos críticos de Jorge Gaspar, Maria de Fátima Lambert e Susana Ventura, que configuram um “olhar exterior” para esta bouça e este trabalho artístico.

Mostrar “outras formas de vida que não o Porto e Lisboa” é outro dos desígnios da exposição, que combina fotografia, desenho, vídeo e objetos escultóricos, sem “imagens idealizadas e de intuito turístico” nem “romantizar ou produzir imagens-postal”.

Esse retrato, mais ou menos real, da fotografia ao desenho, também abre caminho a figuras “da imaginação” que acabam por povoar o território, no qual os dois se embrenharam.

[Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Redação/ Lusa