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Cortejo académico regressa em euforia e envolve comunidade em festa na rua

Cortejo académico regressa em euforia e envolve comunidade em festa na rua
Fotografia

Publicado em 11 de maio de 2022, às 18:14

"A Gata não quer outra vez arroz" foi o grande tema do cortejo académico deste ano

Depois de dois anos sem a Gata, o regresso era muito desejado pela Academia Minhota, que, hoje, voltou a sentir a emoção do Cortejo Académico, que percorreu algumas das principais artérias do centro da cidade, envolvendo a comunidade numa festa animada, que todos sentem como sendo sua. As reivindicações foram muitas, sendo o tema deste ano "A Gata não quer outra vez arroz", mas a tónica essencial deste Enterro da Gata'22 não deixou de ser a alegria e a animação, com os universitários a celebrar o final de mais um ano académico, num misto de saudade dos amigos que ficam para trás nesta jornada da vida, e de vontade de conhecer o que o futuro lhes reserva. Porém, como "A Gata Não quer outra vez Arroz" as mensagens escritas nos carros evidenciavam o desgosto da gata face às sucessivas promessas feitas e incumpridas, ano após ano, aos estudantes do Ensino Superior. Desde o tema do alojamento à questão da empregabilidade dos recém-diplomados, passando pela desigualdade de género, pelos estágios não remunerados, e por temas como a insegurança e a guerra, foram muitos os alertas escritos nos carros. "Quero ter a minha casa e ser eu a pagar"; "Não escolhemos o país em que nascemos" ou "Roda, roleta, o que devo fazer para ter uma vida boa" eram algumas das mensagens que se podiam ler nos carros alegóricos que, ontem, desfilaram, seguidos por milhares de estudantes da Universidade do Minho, da Universidade Católica, do IPCA e do ISAVE. A cerveja não faltou num percurso que começou junto ao cemitério de Monte de Arcos, e a boa disposição reinou do início ao fim de um desfile pontuado por muita música, dança, cantoria, muitos abraços e momentos de confraternização, bem demonstrativos que os receios da pandemia de Covid-19 estavam completamente ultrapassados. Os transeuntes não foram alheios à festa e se muitos foram propositadamente para assistir, outros foram apanhados no meio da multidão, acabando por tirar fotografias e deixar-se levar numa festa que assinala aqueles que são, afinal, os melhores anos de sempre. [Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Carla Esteves