Em comunicado, a força de segurança adiantou que, no domingo, «vários adeptos» do emblema vimaranense se reuniram no exterior do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, e «deflagraram vários artigos pirotécnicos», antes da intervenção policial a impedir a prática, numa altura em que é proibida a formação de grupos com mais de cinco pessoas, face à pandemia de covid-19.
«Uma vez que alguns grupos de adeptos não observavam as regras de distanciamento social, juntando-se em grupos de dimensão superior a cinco pessoas, a PSP teve igualmente de abordar diversos cidadãos no sentido de garantir o cumprimento destas normas. A PSP já procedeu ao levantamento de vários autos, pelas situações descritas, no sentido de responsabilizar as pessoas identificadas», lê-se na nota do Comando Distrital de Braga da PSP.
Os adeptos foram alvo de uma carga da PSP quando acolhiam o autocarro do Vitória de Guimarães com cânticos de apoio e engenhos pirotécnicos, na antecâmara do desafio que o Braga venceu (1-0),
e o clube vimaranense reagiu à situação, lamentando o "uso excessivo de força" por parte da polícia.
"Tendo recolhido e analisado elementos relativos à atuação policial, o Vitória Sport Clube manifesta o seu profundo incómodo perante a desproporcionalidade da ação e, como tal, solicitou os relatórios da operação à PSP, reclamando ações concretas que concluam sobre a atuação verificada e que esclareçam sobre um uso excessivo de força perante os adeptos do nosso clube", lê-se na nota hoje divulgada.
O Vitória considera não ser "possível que o país tolere cargas motivadas "por cânticos de apoio' e 'tochas deflagradas'", depois de permitidos "pequenos ajuntamentos de adeptos de outros clubes ao longo dos últimos meses" e dos "relatos mediáticos de 'facilitismo sanitário'" no Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, decorrido no último fim de semana, no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, com 27.500 espetadores.
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Autor: Redação / Lusa