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Bruno Torres, o homem do leme

O futebol de praia em Braga começou em 2013, num projeto que na altura parecia fazer pouco sentido, mas que o tempo revelou como uma criação de sucesso completo, como provam os números alcançados.

O início foi auspicioso e o título de campeão chegou logo no ano de estreia. A sede de vencer existente nos Gverreiros das areias levou à conquista global de seis títulos de campeão nacional, três títulos da Euro Winners Cup (equivalente à Liga dos Campeões), dois mundialitos de clubes e a única edição da Taça de Portugal disputada, sendo atualmente os Campeões do Mundo e ocupando o primeiro lugar do ranking mundial, de forma destacada, o que sublinha bem o espírito de conquista existente.

Na presente temporada, uma lesão do melhor do mundo, Jordan Santos, que prejudicou o seu rendimento, aliada à infelicidade e menor competência registadas no desempate por pontapés de penalti, no seguimento de algumas decisões infelizes da arbitragem, significaram a perda da final da Euro Winners Cup 2020 e um encontro menos conseguido no único jogo em que não se podia falhar, frente ao Sporting na final four, ditou a perda do título nacional para os leões, numa competição em que o favoritismo existente não valeu nada. Ora, como sou defensor que este projeto deve continuar e ser até reforçado, de modo a voltar a conquistar os títulos agora perdidos, decidi escrever este artigo dedicado ao futebol de praia.

No percurso de sucesso descrito existem duas etapas distintas, com o registo de um “antes” e um “depois” de Bruno Torres como líder deste projeto, sendo atualmente o verdadeiro homem do leme do projeto, depois de uma escolha surpreendente, na altura, de António Salvador, mas que se revelou muito boa.

O responsável do futebol de praia bracarense, filho do antigo futebolista José Alberto Torres, nasceu em Guimarães, mas é um poveiro dos pés à cabeça e encarna na perfeição o verdeiro espírito Gverreiro, que se nota em cada treino nas areias da Póvoa de Varzim, junto ao Náutico, ou na cidade desportiva e que está bem simbolizado quando coloca o capacete depois de cada conquista.

O líder dos Gverreiros das areias considera que o desempenho do cargo “é um orgulho imensurável e uma responsabilidade tremenda, pois a exigência e a grandeza do clube assim o determinam”, mostrando ser uma pessoa exigente, competente e conhecedor profundo da modalidade, mas um autêntico amigo nas relações humanas com os restantes elementos do grupo, como revela o dirigente Joel Pereira.

O técnico arsenalista, que tem o seu irmão António Torres como braço direito, encontrou em Braga uma “casa” onde se sente como se ali tivesse vivido desde sempre, acumulando as funções de treinador e jogador, sendo presença assídua na seleção nacional, onde atualmente tem a companhia de cinco colegas de equipa, o que certifica bem o reconhecimento do sucesso existente e que se espera continue no futuro.

Parabéns por tudo, Bruno Torres e os meus votos de uma longa vida como Gverreiro do Minho.


Autor: António Costa
DM

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15 outubro 2020