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Ainda em pré-época

O SC Braga entrou em falso na nova época desportiva ao perder no estádio do Dragão por 3-1 frente a um adversário que na última temporada tinha vencido por três vezes, fazendo o pleno nos jogos disputados. Os arsenalistas estiveram privados de Paulinho e Gaitán, por razões físicas.

Os comandados de Carlos Carvalhal estiveram em vantagem, graças ao golo de André Castro a meio da primeira parte, e pouco tempo depois chegaram mesmo ao segundo golo, que seria anulado por um fora de jogo de oito centímetros, num claro sinal dos tempos tecnológicos que vivemos no futebol.

A este propósito devo confessar que as linhas colocadas na análise desses lances ainda não são totalmente fiáveis e dependem de quem as coloca, pelo que fico algo desconfiado sobre o assunto. Quando a tecnologia do fora de jogo for completamente fiável, como a tecnologia da linha de baliza nos golos em alguns países, então a desconfiança irá desaparecer.

As coisas caminhavam tranquilamente para o intervalo com o árbitro a dar três minutos de desconto que viriam a ser determinantes, pois nesse curto período os portistas marcaram dois golos e deram a volta ao marcador, quando nada o fazia prever. Para esta remontada muito contribuiu a imprudência de Raúl Silva, que teve uma abordagem displicente a um lance disputado com Marega, que resultou na grande penalidade que deu o segundo tento.

O central brasileiro repetiu o que fizera negativamente na época passada, ao cometer uma infração em tudo semelhante, cuja conversão castigou severamente a sua equipa, ao contrário da temporada anterior. O mesmo jogador viria a ser substituído e, posteriormente, expulso por mau comportamento, sendo audíveis algumas palavras ofensivas que proferiu, num comportamento absolutamente lamentável.

Não sou favorável a julgamentos sumários feitos em público, mas espero que o grupo saiba superar este episódio e que o jogador, depois de sofrer as consequências dos seus atos, aprenda com o dia mau que viveu no Dragão.

A segunda parte começou de forma afirmativa para os bracarenses que construíram algumas chances de golo, sendo a mais clara de Ricardo Horta, que ainda deve estar a pensar como a falhou, na sequência de um ressalto no tufo de relva, parecendo que, também no Dragão, há toupeiras a trabalhar em prol da equipa da casa. O jogo não terminaria sem nova grande penalidade cometida, de modo inocente, desta feita por Tormena e que deu novo golo portista.

Ora, foram erros individuais a mais, numa equipa que parece estar ainda em pré-época, como se observa também no atraso da preparação de Tormena, Sequeira, Galeno ou Schettine. A aparente solidez defensiva não se confirmou e Carvalhal vai ter ainda muito trabalho para diminuir esses erros, que castigaram a equipa.

É hora de virar a página e procurar vencer, já amanhã, o Santa Clara, na abertura da segunda jornada.

Nota final para a equipa B do SC Braga que começou a sua competição a vencer por claros 3-0 o Bragança, um resultado que, aliado à boa exibição, augura bons ventos para o futuro desta jovem formação.


Autor: António Costa
DM

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24 setembro 2020