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S.O.S.: vamos «cristificar» o mundo!

  1. A Igreja é portadora de um único desígnio: «cristificar» o mundo. Para isso, ela tem de se «desegoízar», de se descentrar constantemente de si para se recentrar permanentemente em Cristo.

Jesus Cristo é o maior transformador da vida. É a partir d’Ele que a vida do mundo continuará a mudar.

  1. Nenhum cristão aceitará viver de si nem para si. Todo o cristão tem de viver de Cristo, em Cristo e para Cristo.

O cristão não vive, «cristovive», ou seja, não vive sem viver em Cristo.

  1. Não tenhamos medo de ir ao encontro de Cristo e não mostremos receio na hora de ir ao encontro de tantos que clamam por Cristo.

Não afastemos Cristo de ninguém e não afastemos ninguém de Cristo.

  1. É muito fácil bater na Igreja, censurar a Igreja, condenar a Igreja. Faz parte da sua natureza estar exposta, pelo que as suas fragilidades não estão escondidas.

Não são, contudo, as nuvens que sobre ela pendem que ofuscam o sol que através dela brilha. É pela Igreja que encontramos Jesus Cristo. Como amar Cristo sem amar a Igreja?

  1. Pode suceder – reconhece Henri de Lubac – «que nos desiludam muitas coisas que fazem parte da contextura humana da Igreja».

Estejamos, porém, seguros de que «nunca a Igreja nos dá melhor Jesus Cristo como nestas ocasiões em que nos brinda com a oportunidade de sermos configurados à Sua Paixão».

  1. Na Igreja, tanto há santos como pode haver criminosos.

E, para alguns, o mais intrigante é que ela, estimulando os primeiros, não desiste dos segundos. É que nem a esses a Igreja deixa de chamar — até ao limite — à santidade.

  1. É quando o reflexo da presença de Deus parece mais ausente que o testemunho há-de estar mais presente.

O caminho não é, pois, a dissidência, mas a persistência.

  1. Daí o apelo de São João Crisóstomo: «Não te separes da Igreja».

Apesar de todas as suas fraquezas, «nenhum poder tem a sua força; ela é mais alta que o Céu e mais dilatada que a Terra».

  1. O que ela é «para nós» tem de ser também «através de nós». É imperioso, então, que o testemunho de Cristo esteja plenamente alocado na nossa vida.

Em Cristo, a Igreja nunca envelhecerá com os anos, renovando-se sempre com o tempo.

  1. Ela renova-se sobretudo pela fidelidade à novidade que transporta. Como bem reparou São João Crisóstomo, «a Igreja nunca envelhece» porque «o seu vigor é eterno». Em cada dia — afirma São Beda Venerável — «a Igreja gera a Igreja».

Eis o grande S.O.S. para estes tempos difíceis: vamos gerar Igreja, vivendo o Evangelho de Cristo!


Autor: Pe. João António Pinheiro Teixeira
DM

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15 setembro 2020