As marés vivas da passada sexta-feira não só arrancaram barracas no Suave Mar nas Marinhas, concelho de Esposende (ver aqui). Do lado sul, nomeadamente na praia de Ofir, na Vila de Fão, o mar arrancou algos e colocou-as na praia.
Desde então o areal apresenta uma manta morta biológica de fertilizante natural, muito conhecida em Apúlia como sargaço. Os veraneantes já se queixam que a "matéria" está agora podre e atrair bicharada e a libertar mau cheiro.
Este jornal contactou o presidente da junta da UF de Fão e Apúlia. Luís Peixoto, que faz questão de frisar que a matéria em si é de competência da APA, diz que a situação «é normal».
«Mais frequente em Apúlia. Mas as últimas marés vivas, que volta acontecer em setembro, arrancaram essas algas do mar. Também é frequente o mar vir buscar essas algas. Por um lado comprova o trabalho da natureza e que temos saúde no nosso mar. Por outro lado, entendo que seja incómodo para quem utiliza a praia», diz.
Já o capitão do porto de Viana do Castelo, Sameiro Matias, também referiu a normalidade da situação. Como agente de autoridade competente na área, referiu que vai solicitar a proteção civil municipal de Esposende, para remover as algas.
Autor: Nuno Cerqueira
Marés vivas deixam "tapete" de algas na praia do Ofir
Publicado em 25 de agosto de 2020, às 15:28