Está com o processo de classificação, ao nível da Direção Regional de Cultura (DRC) Norte, como "procedimento caducado" e " sem proteção legal".
No entanto a Câmara de Braga vai avançar com proposta de classificação como "Bem Cultural de Interesse Municipal" na próxima reunião do executivo municipal, já na próxima segunda-feira.
Situada na Rua da Mamoa, desde 1998 que o sítio é alvo de interesse tendo em vista a classificação junto dos órgãos que tutelam a pasta nacional das classificações. Primeiro foi a junta de freguesia, mas que viu a DRC Norte, passado 13 anos, deliberar «sem valor nacional» No entanto em janeiro de 2012 o Conselho Nacional da Cultura devolveu o processo à DRC Norte, sublinhando o facto do espaço ter sido alvo «de um projeto de valorização levado a cabo em 2000».
O procedimento acabou por caducar em final de 2012 e acabou por ser a ASPA, de Braga, assumir novo pedido de classificação a 27 de julho de 2018. A resposta não tardou. A DRC Norte, passado dois meses, voltou a afirmar «que a mamoa não tem um valor cultural de âmbito nacional».
Após 22 anos de tentativas de classificação, a Câmara Municipal de Braga avançou agora no sentido de proteger o sítio, com mais de três mil anos de história.
A mamoa foi detetada em 1993 tendo sido de imediato feita uma intervenção arqueológica de emergência. O estudo do monumento foi concluído com nova intervenção arqueológica no ano de 1997.
Foi recolhido espólio abundante, sobretudo material lítico e cerâmico.
Autor: Nuno Cerqueira
Câmara vai classificar Mamoa de Lamas que está com "procedimento caducado"
Publicado em 25 de julho de 2020, às 16:48