Catarina Martins reuniu-se, esta tarde, em Braga, com a Comissão de Trabalhadores da Bosch, tendo revelado, em exclusivo ao Diário do Minho, que nas negociações com o Governo, "exigiu" um «plano de fiscalização», liderado pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), de maneira a evitar, no futuro, lay-off' s fradulentos e «despedimentos ilegais».
«O BE avisou, desde o início, que era preciso impedir os despedimentos antes do lay-off. O Governo atuou tarde e agora já propõe no orçamento suplementar que a manutenção do lay-off obrigue a manter todos os postos de trabalho, mas na verdade numa primeira fase só protegeu os trabalhadores efetivos e deixou os precários desprotegidos e verifica-se que só aqui, na Bosch, são já centenas de trabalhadores despedidos. E outras empresas», vincou, acrescentando que existem «muitos outros problemas com o lay-off».
«Precisamos de estar atentos e, nas negociações com o Governo, referimos que é muito importante implementar um plano de fiscalização para verificar o que está a suceder no terreno. A ACT tem já mais meios, e isso é fruto de um acordo que o BE tinha feito ainda na anterior legislatura para aumentar os meios, mas isso não chega. É preciso continuar a reforçar os meios da ACT e é preciso manter o poder extraordinário que a ACT tem, nesta altura, de travar despedimentos, e tornar isso um poder permanente das ACT», reforçou.
«Recebemos, até agora, através do "despedimentos.pt", cerca de 1.300 queixas relativas à situação de mais de 100 mil trabalhadores relativas a abusos laborais»
[Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Pedro Vieira da Silva