twitter

Marcelo diz que «Heróis da saúde» fizeram «de carências e improvisos excelência»

Marcelo diz que «Heróis da saúde» fizeram «de carências e improvisos excelência»
Fotografia

Publicado em 10 de junho de 2020, às 13:42

«Portugal não pode fingir que não existiu e existe pandemia, como não pode fingir que não existiu e existe brutal crise económica e financeira. E este 10 de Junho de 2020 é o exato momento para acordarmos todo para essa realidade»

O Presidente da República defendeu hoje que é tempo de Portugal acordar para a nova realidade resultante da pandemia de covid-19 e fazer as mudanças que se impõem, com coragem, sem voltar às soluções do passado.

«Portugal não pode fingir que não existiu e existe pandemia, como não pode fingir que não existiu e existe brutal crise económica e financeira. E este 10 de Junho de 2020 é o exato momento para acordarmos todo para essa realidade», afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Lisboa.

O chefe de Estado, que discursava nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, acrescentou: "Não podemos entender que nada ou quase nada se passou, como não podemos admitir que algo de grave ou muito grave ocorreu e esperar que as soluções de ontem sejam as soluções de amanhã, como não podemos concordar com a inevitabilidade da mudança e nada fazer por ela".

O Presidente da República apontou os próximos meses e anos como "uma oportunidade única para mudar o que é preciso mudar com coragem e determinação" e rejeitou que se opte por "remendar, retocar, regressar ao habitual, ao já visto, como se os portugueses se esquecessem do que lhes foi, é e vai ser pedido de sacrifício e se satisfizessem por revisitar um passado que a pandemia submergiu".

Na sua intervenção, de cerca de dez minutos, Marcelo Rebelo de Sousa criticou também que se pense que "é já chegada a hora de fazer cálculos pessoais ou de grupo, de preferir o acessório àquilo que durante meses considerámos essencial, de fazer de conta que o essencial já está adquirido, já passou, já cansou, já é um mero álibi para apagar a liberdade e controlar a democracia".


Autor: Pedro Vieira da Silva / Lusa