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«Não é por decreto» que se resolve o flagelo da violência doméstica

«Não é por decreto» que se resolve o flagelo da violência doméstica
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Publicado em 20 de janeiro de 2020, às 16:32

O deputado Hugo Pires orientou o debate, esta manhã, na Escola Secundária Sá de Miranda.

O flagelo da violência doméstica e no namoro foi o mote para uma sessão de esclarecimento, ontem, na Escola Secundária Sá de Miranda. A iniciativa, realizada no âmbito do programa "Parlamento dos Jovens", contou com a participação do deputado bracarense Hugo Pires, que não só sensibilizou para o tema como incentivou os alunos do 10.º e 11.º ano para uma cidadania ativa. De acordo com o professor que orientou a ação, a questão da violência doméstica e no namoro é pertinente, sobretudo porque «muitas das vezes o problema não reside na família ou no casal mas na própria sociedade». «Esta questão tem a ver com o domínio do homem sobre a mulher que atravessou os tempos e que, apesar de a lei contemplar a igualdade, as coisas estão subjacentes nas próprias instituições. Na família, o homem ainda é o chefe, e mesmo a própria escola que tenta atenuar algumas desigualdades, se calhar, sem querer, também acaba por as reproduzir», exemplificou José Augusto Ribeiro, considerando que é «uma tarefa muito complicada» que não se resolve por decreto. «Não basta passar para a lei», sublinhou. Na mesma ótica, o deputado Hugo Pires considera que, «apesar das políticas públicas serem cada vez mais incisivas no combate ao flagelo da violência doméstica e no namoro, continua a ser uma das prioridades de qualquer Governo e de quem tem de legislar na Assembleia da República». Para o responsável, este é um tema bastante atual e pertinente dado que tem vindo a ganhar novos contornos: «não é só a violência física, sexual e económica; há também as novas tecnologias que trazem coisas boas, como a comunicação, mas também algumas coisas perversas, como o 'bullying', os maus tratos e as ameaças que se fazem a partir desses meios de comunicação, sobretudo através de vídeos ou imagens». [Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Rita Cunha