O dirigente da Braga Ciclável deu nota ainda que «o custo económico e social dos acidentes rodoviários em Portugal é de dois mil milhões de euros e o de Braga é de 35 milhões de euros».Mário Meireles revelou parte da investigação que está a efetuar sobre a mobilidade em bicicleta em Braga, apresentando o perfil do utilizador da bicicleta na cidade de Braga, e ainda deu a conhecer os quatro tipos de pessoas que existem quando se fala da utilização da bicicleta na cidade. «Há os "fortes e destemidos", que no máximo representam 6% e não se importam com o tipo de infraestrutura que exista na cidade, os "entusiasmados e confiantes", que representam 9% e são pessoas que se sentem confortáveis a pedalar com ciclovias, os "interessados, mas preocupados", que representam 56% e são pessoas que têm interesse em pedalar, mas não se sentem confortáveis; e os "Não, nunca, nem pensar", que representam 31% e são pessoas que nunca, de maneira nenhuma, vão utilizar a bicicleta», disse.
Na tertúlia conclui-se que, apenas com uma infraestrutura adequada, se consegue uma maior utilização da bicicleta nas deslocações quotidianas na cidade.Mário Meireles defendeu «uma democratização das ruas», sendo contra «o radicalismo hoje imposto em que "ou se anda de carro, ou se corre risco de vida na cidade de Braga"», defendendo, por isso «que a bicicleta faça parte da solução e tenha também espaço nas ruas da nossa cidade para que as pessoas possam, em segurança, optar também por este modo de transporte na cidade, sem impedir a circulação de qualquer outro modo de transporte».
Autor: Nuno Cerqueira