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Oportunidades versus impressões

Dizem que não há segundas oportunidades para uma primeira boa impressão. E se a nível europeu o SCB causou – duplamente - essa primeira boa impressão, a nível nacional, SCB e ABC, gostariam de uma segunda oportunidade.

Na europa do futebol, Braga mostrou estar na moda, não apenas no turismo. Com sorteios pouco favoráveis - o que valoriza ainda mais a prestação – a equipa masculina garantiu nas eliminatórias o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa, enquanto a equipa feminina com uma fase de grupos 100% vitoriosa, garantiu um brilhante e inédito apuramento para as eliminatórias na Champions.

Já a nível interno, a equipa masculina com a sucessão de jogos intercalados com os compromissos europeus a obrigarem a uma política de rotatividade, conquistou apenas 33,3% dos pontos em disputa. Subscrevo na íntegra as opções tomadas pela equipa técnica, mas urge, rapidamente, melhorar a % de pontos conquistados. Pelo exposto, entendo ser prematuro tecer considerações sobre a validade (ou não) da alteração no comando técnico da equipa.

No andebol percebe-se que há, a nível nacional, três clubes com orçamentos proibitivos que secam tudo à sua volta. O ABC, 3º clube nacional mais titulado do país, sem esses orçamentos, e a exemplo de anos recentes, reformulou o plantel ficando com uma mescla de jogadores provenientes de escalões de formação acompanhados de dois… eternos jovens.

Sendo assíduo no Flávio Sá Leite, estas frequentes alterações do plantel academista, obrigam-me, nos inícios de cada época, a um processo de memorização complexo dos nomes dos novos atletas uma vez que, coincidentemente, se inicia o ano letivo onde tenho também novos alunos.

Os dois jogos entretanto realizados – um empate e uma derrota – já me deram a conhecer, e a quase saber, os nomes de duas agradáveis surpresas: o nº19, André José, internacional júnior, a quem todos reconhecem elevado potencial e o nº11, um pivot recrutado na Geórgia (preciso mais tempo para apreender a pronunciar o nome) a quem antevejo, também, um futuro risonho na modalidade.

Depois, e para além dos “velhinhos” facilmente (re)conhecidos, os restantes atletas apresentam a chancela da escola de formação academista. Penso, no entanto, que seria aconselhável mais gente com experiência e qualidade acrescida para que os jovens possam materializar a sua evolução num ambiente de sucesso.

Temo que este plantel - apesar da qualidade da juventude - não seja suficiente para no final da época, o ABC integrar o grupo dos seis primeiros classificados.

Independentemente dos resultados, mais ou menos positivos, e porque não sou apenas adepto de vitórias - embora as prefira, aos empates ou derrotas - gostaria que na presente época, na Pedreira, Flávio Sá Leite e pavilhão das Goladas – proximamente - os clubes mais representativos da região, tivessem mais fiéis seguidores pois, também neste caso, entendo que a primeira impressão…pede uma segunda oportunidade.


Autor: Carlos Mangas
DM

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6 setembro 2019