twitter

O combate, sem tréguas, à ideologia do género

A consagração da ideologia do género defende a inexistência de diferenças naturais entre os seres humanos sobretudo no que diz respeito à sua sexualidade.

A ideologia do género pretende fazer crer que os conceitos masculino e feminino, não existem naturalmente, mas são antes atribuídos através de uma construção social decorrente de tempos imemoriais e que nada mais representam do que a expressão do domínio do erradamente chamado masculino sobre o feminino. No limite, será apenas o domínio de um ser humano sobre os outros.

A ideologia do género pretende impor um conceito de ser humano que ultrapassa em muito a igualdade evidente em dignidade, direitos, deveres e oportunidades. É muito diferente do que o reconhecimento exigível dos direitos das minorias. Os adeptos da ideologia do género defendem que o ser humano é um ser abstrato, sem sexualidade definida, sem identidade natural, que pode ser o que ele quiser no decorrer da sua vida, desde que sinta vontade para isso.

O que se pretende, é a existência de cidadãos e não de indivíduos, a negação da existência da sociedade, valorizando apenas a pessoa em conjunto com os demais. O ser humano, como defende Judith Butler – uma relevante académica feminista – é uma pessoa sem identificação própria e individual, sendo cópias absolutas umas das outras e sem sexualidade determinada.

Indo mais longe, este tipo de ideologia, decorrente do marxismo, pretende criar na sociedade de hoje exatamente o mesmo que foi tentado no século passado pelos regimes comunistas e que lhes correu muito mal. Passou-se do domínio da luta de classes para outra tentativa de destruição da sociedade familiar através do ataque aos valores tradicionais da pessoa humana.

Assim, este neomarxismo aparece agora mitigada com novas voltagens, desligada das conotações das ideologias tradicionais e até desprendida de ligações expressas a partidos políticos, embora esteja consagrada no Bloco de Esquerda, na imensa franja mais à esquerda do PS atual e tenha relevância no Partido Comunista.

A estratégia assenta em duas vias: a primeira que tem uma face boa, mas a seguir abominável, reside na consagração legal do direito das minorias – designadamente as integrantes do mundo Queer: lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, etc – para a seguir impô-las à maioria, como comportamento geral.

Este segundo aspeto, como encontra muita resistência nos homens e mulheres adultos, torna necessária uma segunda via desta estratégia que passa por impor a ideologia do género às crianças nas escolas.

Assim, nos últimos 4 anos, iniciou-se, subrepticiamente, em certas escolas do primeiro e segundo ciclo, a propagação da ideologia do género: a ideia que não existem brincadeiras mais propensas para as meninas e outras mais propensas para os meninos; a ideia que cada um deles, sendo agora menino ou menina, poder ser mais tarde o que quiser; a educação sexual dada não como informação, adequada à idade, mas a incidir na erotização do comportamento das crianças; a ideia da consagração e difusão de todo o comportamento diferente do heterossexual como apenas orientação sexual com o mesmo nível; a critica à existência do masculino e do feminino e da família tradicional como estrutural nos seres humanos, nas suas relações e base da sociedade.

As consequências para o desenvolvimento da personalidade nas crianças são demolidoras, pela desestruturação da sua natureza intrínseca enquanto ser humano e exige, também por isso, um combate sem tréguas por parte de uma sociedade que se quer integradora e acolhedora para todos, com o respeito pelas diferenças.


Autor: Joaquim Barbosa
DM

DM

4 setembro 2019