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Quaresma – tempo de reconciliação

Estamos no tempo da quaresma, a caminho da Páscoa da Ressurreição de Cristo.

O termo “quaresma” vem de quadragésima e significa quarenta, na forma ordinal.

Este termo “quarenta” é simbólico, pois tem anexos diversos significados importantes. Lembramos os 40 dias de Moisés no Monte Sinai, no Egito, onde se verificou a teofania de Horeb. Deus que falou a Moisés e Moisés que falou a Deus. O grande acento foram os Mandamentos da Lei de Deus, escritos a fogo em duas tábuas de pedra. Numa, os três primeiros; noutra, os sete restantes, referentes ao próximo.

Moisés passou 40 dias sem se alimentar, portanto, num jejum continuado e exigente.

O número quarenta conduz-nos também à quaresma de Jesus, no deserto, no início do Seu ministério público. Aí se entregou à oração e ao jejum, sem se alimentar, e também foi tentado por Satanás. Quis passar por esse enorme sacrifício humano a fim de preparar o novo Reino de Deus que iria instituir, o qual se consumaria no mistério pascal da Sua Paixão, Morte e Ressurreição.

A Quaresma é um tempo que nos interpela a todos, em ordem a fazermos algum sacrifício corporal a fim de prepararmos mais uma festa da Ressurreição. Enquanto estamos nesta vida, não podemos evitar o sacrifício, a piedade, a oração e a caridade. É a nossa condição de filhos de Deus e discípulos de Jesus Cristo, nosso Salvador.

Cada ser humano tem a sua vida, de harmonia com a sua condição de idade, família, trabalho e sociedade. Isso não impede a sua dimensão espiritual, que o obriga a participar em atos de fé e religião. É nosso dever ser participativos, na medida do possível. E encarar o futuro com esperança, sobretudo a de participar um dia na mesa do Reino dos Céus, na eternidade.

Entretanto, vamo-nos aproximando da Semana Maior e do mistério pascal da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

É o centro do ano civil e da nossa vida espiritual. É obrigação participar e viver esse mistério, que se sobrepõe a tudo o que nos interpela ou ocupa.

Vamos também vivendo com alegria a nossa relação familiar e social. Somos cidadãos deste mundo em que estamos inseridos e devemos ser membros ativos e alegres. A tristeza e o esmorecimento da vida devem ser afastados. Deus é nosso Pai, está connosco e nos acompanha. Tenhamos uma fé grande n´Ele.

Assim caminhamos bem e seguramente. Que assim seja.

Oração

Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais:

digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito o Vosso Nome glorioso e santo:

digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no firmamento do céu:

digno de louvor e de glória para sempre.

Obras do Senhor, bendizei todas ao Senhor:

louvai-O e exaltai-O para sempre.


Autor: Manuel Fonseca
DM

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9 abril 2019