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Fui à Terra Santa

Uma peregrinação por terras de Jesus é parte da devoção cristã que desde as origens fez desta caminhada um dos grandes momentos da vivência e experiência espiritual.

Acontece que nesta peregrinação me aconteceu “algo de ordem física” e me causou algum sofrimento. Mas fi-la na mesma com muita alegria e consegui superar todos os desafios.

Tirei algumas lições de vida, pensamentos, meditações etc. Assim encontrei-me com Cristo através da dor, pois a felicidade está em amar e saber agradecer aquilo que nos acontece.

Tive medo da cruz, mas ter medo da cruz já é estar no caminho da santidade. Jesus também teve medo da cruz. A ciência da cruz, é um pensamento, é uma realidade, não é uma fantasia. Perguntei a mim própria: Jesus és o centro da minha vida? Fazer esta pergunta na Terra Santa teve um grande impacto para mim. Ali Jesus também perguntou: “Pedro tu amas-Me?” Jesus perguntou-me também muitas vezes, naqueles dias “ tu amas-me? Eu respondi “ Senhor Tu sabes tudo, Tu sabes que eu te amo”, sabes que neste momento estou em sofrimento, mas estou feliz por estar a percorrer o Teu caminho onde também sofreste muito. Senhor ajuda-me, pois encontro-me num labirinto. Mas também sei que toda a graça brota da Salvação do Senhor.

Ir à Terra Santa mudou muito a minha leitura do Evangelho, a contemplação dos mistérios do terço, a Eucaristia e até o trato com Jesus que se tornou mais pessoal.

Passei por lugares onde Ele se apoiava na conversa com seu Pai, Deus. Aqui pensei na minha oração, por vezes tão difícil, mas necessária, porém a dificuldade está em nós!

Nesta peregrinação pretendi ter um olhar para Jesus de Nazaré, como um Jesus vivo que se encontra entre nós. Jesus Cristo não é um mito, nem uma ideia. Foi um homem que viveu na Palestina. Tem lugar na história, num contexto religioso e social.

Vivi na realidade a verdadeira disponibilidade, amizade e generosidade de todos os que me acompanharam. Interiorizei o que é estar dependente dos outros.

Fomos, praticamente, a todos os locais Sagrados acompanhando os passos de Jesus Cristo desde antes mesmo do Seu nascimento até depois da Sua morte; por exemplo, a Igreja da Natividade onde nos recorda a virtude da humildade, pois os soberbos não têm lugar na pequena gruta de Belém; a esperança no Monte das Oliveiras; o Mar da Galileia onde o Senhor andou sobre as águas, e Pedro se ia afundando, pois deixou de olhar para o Senhor e no Cenáculo recordei a fidelidade, etc.

Uma Peregrinação na Terra Santa não é mais do que uma actualização permanente, um convite contínuo ao homem de hoje para que se ponha a caminho, na certeza que a meta que busca só a encontra em plenitude na Jerusalém Celeste (Ap 21).


Autor: Luísa Loureiro
DM

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5 janeiro 2019