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«Peri-Natal» ou verdadeiramente Natal?

  1. O tempo avança e tanto frenesim até já cansa. Ele são as intragáveis promoções de Natal. Ele são as formatadas prendas de Natal. Ele são as ruidosas festas de Natal. Ele são as intermináveis ceias de Natal.

  2. Tão solicitados somos nesta altura. E todos os «rituais» temos de cumprir para não fazer má figura. Haverá euforia em tanta correria. Mas sentimos falta de calma na nossa alma. Conseguiremos saborear o Natal no meio de tantos simulacros de Natal

  3. Uns dizem que o Natal está a chegar por haver música no ar. Outros garantem o Natal com falinhas mansas promovendo toneladas de brinquedos para as crianças.

  4. O Natal poderá passar por tudo isto se não for desligado de Cristo. Mas o Natal não estará presente nisto se nos mantivermos longe de Jesus Cristo. Às vezes, parece que nos contentamos com um «peri-Natal». Andamos à volta do Natal, mas não chegamos a entrar no Natal.

  5. Temos andado a «desnatalizar» o Natal. Já nem no Natal não haverá lugar para o Natal? Se não há lugar para Jesus, poderemos falar de Natal? Sem Jesus, não teremos mais que um «peri-Natal».

  6. O Natal existe para celebrar o nascimento de Jesus. E nem sequer é preciso ser cristão para o reconhecer.O Natal nasceu com esta finalidade. Há, pois, que «renatalizar» o Natal, recentrando-o em Jesus.

  7. É tempo de superar a crescente «carnavalização» do Natal. Não festejemos o Natal em modo Carnaval, usando como padrão a intrusa «máscara» do Pai Natal. Vistamo-nos de Jesus. É Ele que enche o Natal de luz.

  8. Apesar de muito se falar do «espírito de Natal», temos uma grande dificuldade em mergulhar no «Espírito» e em perceber o «Natal». É hora de deixar de «piratear» o sentido do Natal.

  9. Compreendamos isto: só há Natal em Cristo. Aliás, como bradava São Macário, «ai da vida em que não habita Cristo». É que – assim poetava Moreira das Neves – «promessas do mundo inteiro são apenas ilusão». Não haverá Natal verdadeiro «sem Cristo no coração».

  10. Que o Deus-Menino de Belém – que no mundo acende a paz e o bem – pacifique o nosso coração também. Que Aquele que recebeu os pastores alivie as nossas dores. E que o encanto de Belém – de uma beleza sem igual – ofereça a todos um santo e feliz Natal!


Autor: Pe. João António Pinheiro Teixeira
DM

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18 dezembro 2018