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Futebol e preferências clubísticas

  1. O Futebol de hoje está simbolicamente degradado).Tecnicamente e do ponto de vista do espectáculo, é verdade que até, pelo contrário, está ainda mais forte. Porém, quando devido à “Lei Bosman”, cada clube acaba por fazer alinhar uma maioria (senão a totalidade) de jogadores que são estrangeiros, e normalmente de países de outros continentes, o significado simbólico (e afectivo) do clube sai completamente adulterado e desvalorizado. A ligação do clube à sua cidade e região resume-se hoje praticamente ao estádio (frequentemente de péssima arquitectura e estética); ao emblema (com frequência adulterado ou aos poucos substituído por alternativas de péssimo gosto, como a presença de animais míticos e malignos, no caso do FCP); e a uma massa adepta bastante desordeira, mas com tendência a (pelas “claques”) cada vez mandar mais nos clubes, na vez dos órgãos eleitos. Os clubes são hoje verdadeiros “apeadeiros” na ascenção de jovens “craques” comprados baratos na África ou América do Sul e, tendo talento, vendidos caríssimos a clubes de países ricos. Os nacionais com talento, dos vários países europeus, ficam assim (à excepção de uns poucos sobredotados), abafados por todo este “tsunami” alienígena. Que tem óbvias (e altamente negativas) consequências para a auto-estima das populações europeias. Sobretudo quando as próprias selecções “nacionais” começaram (elas próprias!) a ser colonizadas por pessoal de outros meridianos e paralelos. E tudo isto faz parte de uma vasta conspiração política pro- Globalização; e nada tem de casual ou de inocente.

  2. Um exercício para quem, apesar de tudo, ainda gosta de futebol).Para todos aqueles que como eu, desde pequenos, fomos picados pelo “bichinho do futebol”, proponho agora o desafio de, em cada país, seleccionar os clubes de que mais gosta. Em geral, com o passar do tempo não se muda muito de preferências (e de aversões…). Eis aqui, pois, alguns dos meus clubes preferidos, em Portugal e por esse mundo fora.

  3. Em Portugal).Em Portugal, eu sempre tive 2 ou 3 grandes clubes que, por igual, têm sido os meus predilectos. Desde finais da escola primária que eles são o Sporting, o F. C. Porto e o Belenenses. Além disso, também sou adepto muito fiel de uma plêiade de clubes menos importantes, que mencionarei à frente. Do Porto, gosto bem mais do antigo; deste actual, “dragonista”, bem pouco, pois para mim os únicos Dragões são os Sandinenses, verde-vermelhos, em Gaia… Porém, nasci naquela cidade, lá para os altos da Constituição; e apesar de os 1.os6 anos da minha vida serem passados numa aldeia de Oliv.ª de Azeméis (Aveiro), regressei ao Porto onde fiz a escola primária e o liceu. Ainda hoje considero que o tradicional equipamento do FCP é branco e azul-celeste e não “azul (escuro) e branco”. E inclui as obrigatórias meias brancas e 2 faixas grossas na camisola. É um dos mais bonitos do planeta; o qual aliás também é branco e azul, não esqueçam… Além do FCP, sou por igual, adepto do Sporting (tradição familiar que advém do meu avô materno) e por ter vivido 3 anos em Lisboa; e do Belenenses, clube que deveria voltar a usar meia branca, à semelhança do traje dos antigos fuzileiros navais. Depois, de norte para sul, escolho o Gil Vicente, o Varzim, o Mirandela, Penafiel, Paredes, Oliveirense, Ovarense, Feirense, Sanjoanense, Beira-Mar, Académica, Desp. da Guarda, Benfica de Castelo Branco, Fundão, U. De Santarém, Atlético de Lisboa, Barreirense, Setúbal, Lusitano de Évora, Olhanense, Farense e União da Madeira.

  4. No Sul da Europa).No país-irmão, sou do Real Madrid, Espanhol de Barcelona, R. Sociedad de San Sebastián, Gijon, Atl. De Bilbau, Badajoz, Mérida e Valência. Em França, os preferidos são o Lyon, Montpellier, Sochaux, Dijon, Caen e Ajaccio. Na Itália, pontificam o Udinese, a Roma e o Sampdoria de Génova. Na Grécia, o Olímpiakos do Pireu.

  5. No Norte da Europa).Na Grã-Bertanha, e desde sempre, o quarteto Chelsea-Liverpool-Newcastle-Glasgow Rangers. E depois, o Stoke City, Birmingham, Arsenal, Sheffield Wednesday, Everton e Manchester Utd.. Na Alemanha, o Hertha Berlin, o Dinamo Dresden, Bayern de Munique, Hannover 96, Arminia Bielefeld, Carl Zeiss Jena, Nuremberga e Alemania Aachen (abaixo deles, Halle, Leipzig, Dortmund, Cottbus, Bremen). Na Holanda, o Ajax Amsterdam e o PSV Eindhoven. Na Bélgica, o Anderlecht de Antuérpia. Na Suíça, o FC Zürich, o Young Boys Bern e o Servette de Genebra. Na Áustria, o Rapid Wien, Sturm Graz, VOEST Linz e o Admira Wacker. Na Noruega, o Rosenborg de Trondheim, o V. Oslo e o Viking Stavanger. Na Suécia, o Djurgaardens, o Sirius Upsalla e o Norrköping.

  6. Na Europa de Leste).Na Rússia (e Ucrânia), o Dínamo de Moscovo, o CSKA (id.), o Zenit Petrograd, o Dínamo de Kiev e o Alania de Vladikavkaz. Na Polónia, o Lech Posen, o Legia Varsóvia, Slask Breslau e o Danzigue. Na R. Checa, o Slavia de Praga e o Viktoria Pilsen. Ao lado, o Spartak de Trnava e o Slovan de Bratislava. Na Croácia e Sérvia, o Dínamo de Zagreb, o Hajduk Split, o Osijek, o Estrela Vermelha de Belgrado, o Vojvodina Novi Sad e o Rádnitchki Nish. Na Hungria e Roménia, o Ferencvaros, o Ujpest, o Steua e o Din. De Bucareste. Na Turquia (país asiático…), o Fenerbahce e o Trabzonspor.

  7. Na América do Sul).No Brasil, o Vasco da Gama do Rio, Grémio de Porto Alegre, Bahia, Cruzeiro de Belo Horizonte e América do Rio. Na Argentina, o River Plate de Buenos Aires. No Chile, o Colo-colo. No Paraguai, o Olimpia de Asunción.

  8. Selecções, na África).Neste continente sou sempre grande fã dos Camarões, Nigéria, Tanzânia, Moçambique, Cabo-Verde, Gana, Costa do Marfim, Mali e, contrariado, desta África do Sul de “pseudo-arco íris”.


Autor: Eduardo Tomás Alves
DM

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11 dezembro 2018