O Roteiro da Arquitetura Modernista, propõe uma viagem por 18 exemplares arquitetónicos do concelho deEsposende, localizados em Marinhas,Esposendee Ofir, construídos entre os anos 40 e 70 do século XX, da autoria de dois engenheiros e doze arquitetos. Este pode ser, no entender dos quatro arquitetos participantes na tertúlia, o mote para “narrativas” sobre o território.«As políticas de conservação do património, por vezes, servem para congelar. O património só tem importância se tiver utilidade», defendeu João Paulo Rapagão, numa ideia corroborada por João Carlos Santos que defende um «património vivido». Essa ideia perpassa a exposição de António Menéres que, numa exposição com 40 fotografias sobre Esposende, captadas no "Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa”, entre 1956 a 1960, retrata a arquitetura de então, mas associa as pessoas, os usos, a religião e as tradições.
Paulo Guerreiro entende que a Casa das Marinhas pode assumir-se como «epicentro do modernismo a Norte», convergindo para a visibilidade de todo o património de Esposende. De resto, António Meneres inclui a Casa das Marinhas, «entre as dez obras mais significantes da arquitetura portuguesa».O presidente da Câmara de Esposende questionou os participantes, sobre a futura adaptação do Forte S. João Batista em espaço museológico, acolhendo os vestígios do navio quinhentista descoberto em Belinho. «Há todo o interesse e vontade em colaborar com a Câmara, para que o espólio seja exposto aqui», avançou João Carlos Santos, diretor da DGPC, visivelmente agradado com o facto de um edifício do Estado que estava abandonado, tenha agora uma finalidade concreta.
Autor: Redação