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Investigação da PJ identifica mais queixas de burlas da operação "Cordial Mente"

Investigação da PJ identifica mais queixas de burlas da operação "Cordial Mente"
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Publicado em 01 de dezembro de 2018, às 15:41

Operação de escala internacional.

A Polícia Judiciária (PJ) identificou mais queixas e armazéns associados ao crime de burla, na sequência da investigação que decorreu no âmbito da operação "Cordial Mente", que desmantelou um grupo em novembro, suspeito de crimes económicos que terão causado danos de 10 milhões de euros.
Operação passou por Braga e Esposende.
Fonte da PJ disse que foram registadas pelo menos mais 12 queixas de lesados contra o grupo suspeito de comprar mercadoria sem pagar, revendendo-a a preços mais reduzidos e recorrendo sempre a empresas fictícias. A mesma fonte acrescentou que foram ainda identificados mais armazéns, onde os suspeitos guardavam o diverso material das alegadas burlas.
«Acreditamos que há ainda mais lesados e mais burlar, uma vez que o crime durava há muitos anos. O último material apreendido foram fitas de filmes de cinema. Mas, eles utilizavam vários produtos diferenciados, entre os quais geradores e cortadores de relva», informou a mesma fonte.
A PJ revelou ainda que poderão ainda estar por identificar outras empresas falsas que os suspeitos utilizavam para as burlas. Os crimes foram «cometidos de norte a sul do país e no estrangeiro», referiu ainda a mesma fonte, ao referir que os últimos armazéns detetados e já “selados” foram em Santarém e junto à fronteira com Espanha. Durante esta investigação, a PJ está também a reunir inquéritos espalhados noutros órgãos policiais, uma vez que tendo em conta os valores mais baixos não chegavam à Judiciária. O grupo foi desmantelado pela PJ no início de novembro. O responsável da investigação e coordenador da PJ de Leiria, Gil Carvalho, durante uma conferência de imprensa no Porto, na altura, precisou que as mercadorias-alvo do grupo eram, sobretudo, eletrodomésticos, maquinaria e produtos alimentares. O grupo foi desmantelado durante uma operação com o nome de código “Cordial Mente”. Além do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ, a operação “Cordial Mente” envolveu meios humanos e materiais das diretorias do Norte, do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, bem como dos departamentos de Investigação Criminal de Braga, Aveiro, Guarda e Unidade Local de Évora daquela polícia, num total de 170 operacionais. Contou ainda com a colaboração dos comandos distritais de Santarém da GNR e da PSP. Na conferência de imprensa, o coordenador da PJ de Leiria recordou um atropelamento de um inspetor, ocorrido no verão passado na Póvoa de Varzim, revelando agora que se tratava de um polícia envolvido, já então, na investigação deste caso.
Autor: Redação / NC