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Ignorância do Brasil dos 63.500 assassinatos só em 2017

á não é a 1ª vez que falo. Já perdi as vezes dos milhares de km que fiz para o e no Brasil sempre em trabalho. Melhor, há 27 “Brasis”, 26 Estados e Distrito Federal. Trabalho com 4 dos Estados. Conheço mal os outros. M/irmão Doutor André Bandeira foi o Cônsul de Portugal em Belo Horizonte entre apr. 2010/15.

Conheço muitas histórias. Vejo muita ignorância quando dizem que “conheço bem o Brasil”, sem nunca terem ido lá, ou tendo ido, sempre aos mesmos sítios ou, “pior”, indo só em férias. Quando se anda nas zonas desconhecidas ou pobres e perigosas, “qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência”.

Muitas vezes, por contraste, dormi em casa de colegas professores e investigadores, uma delas, p.e. vizinha da residência do actual Presidente da República Michel Temer, também Professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, fundada pelo Cardeal Motta, Padrinho dum colega meu.

Até aí as ruas são perigosas, mesmo que cheias de seguranças… As eleições presidenciais no Brasil, um Continente fruto da soma de 27 países, são complexas e não têm explicações simples. A actual diáspora de brasileiros para o mundo é, também ela, uma fuga à violência.

Só em 2017, se registaram no Brasil mais de 63.500 assassinatos. E em 2018 já se batem recordes. Não é a 1ª vez que escrevemos sobre este assunto que diz respeito, também, às ciências jurídico-criminais, criminologia, direitos e deveres fundamentais.

O Brasil tem mais assassinatos do que todos estes países juntos: “EUA, Canadá, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, China, Mongólia, Malásia, Indonésia, Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Japão, Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Itália, Suíça, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Áustria, Hungria, Belarus, Ucrânia, Romênia, Moldávia, Bulgária, Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegóvina, Sérvia, Montenegro, Albânia, Grécia e Macedônia” (super.abril.com.br, 1/12/17).Em 7/9/18, tínhamos publicado e “profetizado” no Facequando tentaram matar Bolsonaro: “Condeno com a mais profunda convicção este atentado à vida humana, tal como o incêndio do Museu Nacional sito no Rio de Janeiro (queremos tudo reconstruído peça por peça).

Não sendo o meu candidato preferido, temos que ter o máximo respeito pela Democracia e pelo Estado de Direito social, democrático, livre e verdadeiro. E por isso mesmo jamais poderíamos compactuar com esta estúpida violência cujo resultado inclusive corre o perigo de dar ainda mais votos ao candidato JAIR BOLSONARO.

Se morrer, será catastrófico e pode mergulhar o Brasil numa guerra civil e num Golpe de Estado. Se sobreviver e acaso seja eleito Presidente - não sendo a minha preferência, repito -, teremos que respeitar o novo Presidente, o qual terá que governar respeitando o Congresso, o Senado, a Constituição da República Federativa de 1988, as diversas oposições e etnias brasileiras incluindo as Reservas Índias e os Índios, etc.. O Poder Judicial. Os Militares.

As regras da Auctoritas e da Potestas, etc. etc. etc.. Jair Bolsonaro nunca governaria ou governará sozinho, mas deverá ser respeitado como legítimo Candidato derrotado ou como Presidente eleito, sempre Ser Humano. E como é lógico, o Brasil jamais deverá abandonar a ONU.

O Brasil teve um golpe republicano contra a monarquia. As regras em vigor são da República também. Da República ou da Monarquia constitucional verdadeiras, não faz parte o assassinato como forma de intervenção.

Se não querem ter eleições presidenciais têm que voltar à Monarquia Constitucional. E HÁ MUITA DEMOCRACIA PARA LÁ DA DEMOCRACIA DAS PRESIDENCIAIS.

Pior do que a democracia são todos os outros sistemas políticos”. Fernando Haddad ou Jair Bolsonaro? As eleições das presidenciais no Brasil vão traduzir ponto-por-ponto o exacto estado-do-Brasil. Zero surpresas. Parabéns à Constituição de Direito Federal do Brasil que, inspirada na Portuguesa, faz agora 30 anos.


Autor: Gonçalo S. de Mello Bandeira
DM

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19 outubro 2018