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Decisão intelígivel e coerente…

Diz a sabedoria popular e bem, que num “mundo” de desentendimento, “preso por ter cão e preso por não ter”, ou seja, quando se acusa alguém de não fazer qualquer coisa, dá origem, inevitavelmente, a um “saco de gatos”, todos aos arranhões e sem razão plausível para isso. O município bracarense tomou a decisão inteligível e coerente de ceder ao emblemático Sporting Clube de Braga as condições necessárias sobre o direito de superfície alocada ao projeto megalómano do esquelético e autêntico fiasco cor-de-rosa inacabado das piscinas olímpicas, tal como outras “ossadas”, entretanto “ressuscitadas”. Ao contrário do “elefante branco” nas despesas de manutenção do Estádio Municipal, que sugam aos cofres da autarquia entre 100 a 150 mil euros por ano, Ricardo Rio tomou outras rédeas economicamente rentáveis, proporcionando ao clube dos “guerreiros” a utilização deste terreno público por um prazo de 75 anos, a construção de um pavilhão multiusos, recebendo a Câmara Municipal de Braga uma “singela” verba de 400 mil euros e a utilização gratuita desse espaço duas vez por ano desde que não coincida com a programação agendada do arrendatário. Não esqueçamos que o Sporting de Braga, alegadamente, paga simbolicamente uma renda de 550 euros por mês, inferior a um T2 em qualquer ponto da cidade. Bom negócio para o proprietário, dentro do melhor possível, à escassez do aparecimento de outras ofertas, obrigando o inquilino (Sporting Clube de Braga) a assegurar estratégias de despesa no âmbito da manutenção em todo o perímetro envolvente dos campos de futebol, proporcionando a todos os cidadãos participantes nas atividades físicas o acesso público e sem custos, sustentando uma nova visão central de periferia urbana. Realizada a primeira fase da “Cidade Desportiva”, incluindo o seu centro de formação equipado com cinco campos de futebol (três naturais e dois sintéticos), um campo de futebol de praia e outro para futebol de sete, é inevitável que o principal clube da cidade e do concelho de Braga se regozije com esta “parceria” favorável da autarquia liderada por Ricardo Rio, em dar continuidade à segunda fase, engrandecendo-a com um pavilhão multiusos dotado de uma capacidade de 1250 lugares e ainda um “mini-estádio” com uma lotação de 2800 lugares destinados à assistência de jogos oficiais da equipa B e feminina, uma área de alojamento com 60 quartos duplos e zonas de lazer, logística de apoio às equipas profissionais (balneários, espaços administrativos e de trabalho técnico, ginásio, gabinetes de hidroterapia, fisioterapia, etc.). Mas há mais: é que os tais 400 mil euros recebidos da concessão do espaço de superfície ao Sporting Clube de Braga serão destinados para a construção de áreas dedicadas à modalidade de ginástica na zona urbana da Quinta de S. José. Um gesto nobre e bonito! Compreende-se que, em prol da civilidade da cidadania e da democracia das opiniões, haja quem conteste um líder autárquico com provas dadas e detentor de portefólio complementado de sucessos ambiciosos, estruturalmente cautelosos e pactuantes na boa paz e saúde financeira do cofre municipal, anteriormente padecido de uma “embolia pulmonar” com sérios riscos respiratórios por um passivo negro, resultante do excesso de endividamento e a linha vermelha do incumprimento das obrigações com os fornecedores e espectro do vazio monetário para pagamento de vencimentos e sustentabilidade das instituições sociais do pelouro municipal, superado pelo mérito e esforço da equipa de Ricardo Rio.
Autor: Albino Gonçalves
DM

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24 setembro 2018