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Oposição crítica Orçamento de 28 ME e considera o documento «despesista»

Oposição crítica Orçamento de 28 ME e considera o documento «despesista»
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Publicado em 14 de dezembro de 2017, às 15:27

O Orçamento para 2018 no valor de 28 milhões de euros, mais 27% em relação ao deste ano.

O único vereador da oposição na Câmara de Esposende, João Cepa, eleito pelo movimento independente Juntos pela Nossa Terra, votou contra o Orçamento de 2018, sublinhando que se trata de um Orçamento «despesista» e «sem visão e sem ambição».

João Cepa aludiu, designadamente, aos 70 mil euros reservados para horas extraordinárias, aos 81.400 euros para locação de edifícios, ao milhão de euros para estudos, pareceres, projetos e consultoria, aos 47.500 euros para publicidade e aos 357.760 euros para trabalhos gráficos.

“[O Orçamento] fica-se pelo despesismo e pelos gastos com coisas supérfluas, que farão com que Esposende continue a viver na ilusão e no deslumbramento, deixando-se constantemente ultrapassar pelos concelhos vizinhos em áreas tão importantes como a fixação de empresas, a criação de riqueza e a criação de emprego”, acrescenta.

No que diz respeito às Grandes Opções do Plano, Cepa, que já foi presidente da câmara eleito pelo PSD, considera ser «verdadeiramente assustador verificar que 28% do investimento vai para Serviços Gerais e de Administração, deixando, por exemplo, a Educação com uns tímidos 12% e as Atividades Económicas com pouco mais de 3%».

Diz ainda que o município «nunca arrecadou tanto em impostos, taxas e tarifas como nos últimos quatro anos, fenómeno que se repetirá em 2018».

«No próximo ano, serão cobrados aos esposendenses 10 milhões de euros, ou seja, mais 1,4 milhões do que foram cobrados em 2013. Só em tarifas de resíduos sólidos é mais meio milhão de euros do que no último ano do mandato 2009-2013», rematou.

Citado num comunicado municipal, o presidente da Câmara, Benjamim Pereira, refere que o Orçamento de 2008 “é o melhor de sempre” e sublinha que “o investimento não vai abrandar, não obstante a previsível quebra de receita do IMI no montante de 163 mil euros”.

Segundo o comunicado, o município avançará com a renovação do Plano de Investimento nas Freguesias, “sem perder de vista a estabilidade financeira que tem sido, e continuará a ser, a sua imagem de marca”.Em 2018, acrescenta, o apoio às famílias continuará a ser “prioritário”.

Para os prédios urbanos (casas para habitação e terrenos para construção) os municípios têm liberdade para fixar a taxa de IMI entre 0,3% e 0,45%, enquanto no caso dos prédios rústicos (terrenos com fins agrícolas) a taxa aplicável é de 0,8%.

Na área do desenvolvimento económico e investimento, o município diz que vai avançar com o Centro de Negócios e “toda a oferta de serviços a ele associados, perspetivando a atração de novos investidores e novas empresas”.


Autor: Redação