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Membro do CGI Helena Sousa considera que RTP deve ter financiamento "previsível" e "em quantidade"

Membro do CGI Helena Sousa considera que RTP deve ter financiamento "previsível" e "em quantidade"
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Publicado em 21 de novembro de 2017, às 18:02

Questionada pelos deputados sobre o financiamento da RTP, Helena Sousa defendeu que "é fundamental que haja um modelo estável".

A membro cooptada do Conselho Geral Independente (CGI) Helena Sousa afirmou hoje que a RTP "precisa de ser financiada em quantidade suficiente", mas que também "tem de ser previsível", considerando que a empresa deve ser uma referência.

A professora catedrática do departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, que foi o último elemento a entrar no atual CGI da RTP, através de cooptação, foi hoje ouvida na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Recordando que a questão do financiamento foi sempre "um grande assunto", Helena Sousa considerou que a "RTP precisa de ser financiada em quantidade suficiente, mas também tem de ser previsível".

Atualmente, a RTP recebe o seu financiamento através da contribuição para o audiovisal, designada por CAV, o qual é pago pelos contribuintes na fatura da eletricidade, tendo depois as elétricas de transferir o montante respetivo para as Finanças que, posteriormente, o canaliza para a empresa pública.

Sobre a RTP Internacional, o novo elemento do CGI disse que valorizava "muito" este serviço, salientando que o mesmo "continua a ter novos desafios, não só em termos de diásporas, mas também de novas migrações", onde se incluem os jovens com formação superior.

"Tem de se pensar nas exigências dessas novas migrações", acrescentou.

Sublinhou que a "componente internacional" da RTP serve para afirmar a cultura e língua portugesa.

"Não falo da língua [portuguesa] só para os países lusófonos, esta deve afirmar-se em sítios tão distantes" como a China, exemplificou.

A professora catedrática apontou ainda que a RTP deve ser uma "referência" para a comunicação: "A RTP tem de ser uma estrutura regulatória do audiovisual da rádio e televisão, tem de afirmar-se como um lugar onde há rigor, verdade e rapidez".

Na área da produção audiovisual, Helena Sousa disse que a "RTP fez o melhor que era possível", mas admitiu que está "muito aquém do desejado".

Defendeu ainda a necessidade de formação dos trabalhadores da RTP.

"As instituições só podem ser úteis se os funcionários forem valorizados, os colaboradores da RTP têm de ter formação, têm de ser qualificados, mas também é preciso que se exija", afirmou.

Na sua intervenção inicial, Helena Sousa elencou os vários desafios que se colocam à RTP, que passam pela liberdade de expressão e liberalismo, inovação na produção de conteúdos, a literacia, bem como a universalidade do acesso.


Autor: Redação/Lusa