twitter

Investigadores da UMinho encontram a origem do aumento benigno da próstata

Investigadores da UMinho encontram a origem do aumento benigno da próstata
Fotografia

Publicado em 15 de novembro de 2017, às 15:26

Os resultados "apontam para novos alvos terapêuticos nesta doença, nomeadamente a aplicação de fármacos que ativem o recetor da serotonina, inibindo o crescimento benigno da próstata".

Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho (UMinho) concluiu que o aumento benigno da próstata tem origem na falta do neurotransmissor serotonina, apontando os resultados para «novos alvos terapêuticos» no tratamento daquela doença, anunciou hoje a academia.

Em comunicado enviado à Lusa, a UMinho realça a importância da descoberta do grupo de investigadores do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), em parceria com cientistas do Centro Max Delbrück de Medicina Molecular (Alemanha), explicando que «é a primeira vez que se percebe a origem desta doença, chamada hiperplasia benigna da próstata», que afeta mais de um terço dos homens a partir dos 60 anos.

O estudo, publicado na revista "Scientific Reports", do grupo Nature, aponta que «o aumento benigno da próstata deve-se à falta do neurotransmissor serotonina, dificultando o fluxo da urina e o esvaziamento da bexiga».

Os investigadores do ICVS, explana o texto, «analisaram modelos animais e linhas celulares e perceberam que a presença de serotonina inibe o crescimento benigno da próstata» e que «isso sucede porque se diminui a expressão do recetor de hormonas sexuais masculinas, como a testosterona».

A experiência com ratinhos demonstrou que, ao ser-lhes retirada a serotonina, a próstata aumentava de tamanho.

O estudo foi realizado por Emanuel Carvalho-Dias, Alice Miranda, Olga Martinho, Paulo Mota, Ângela Costa, Cristina Nogueira-Silva, Rute S. Moura, Riccardo Autorino, Estêvão Lima e Jorge Correia-Pinto, todos do ICVS e Escola de Medicina da UMinho, sendo alguns deles também do Hospital de Braga.


Autor: LUSA/Redação