Com campanhas eleitorais à porta, talvez valha a pena analisar os políticos que de nós se têm servido, para tentar correr com eles.
Em relação aos portugueses que lhes pagam (muito mais do que merecem comportam-se como autistas, ou seja, desligaram totalmente. Desconhecem o povo e os seus reais problemas. Falam entre eles em circuito fechado, como se Portugal fosse um país virtual.
E quando falam entre eles, a estridência está na ordem do dia. Crispados, os governantes e os deputados, com relevo para os socialistas, insultam-se sem freio.
Discutem, durante horas e aos berreiros, questões de facto que, aparentemente, poderiam ser resolvidas em minutos. Após um esganiçado debate, fica-se com a certeza de que a verdade é partidária: acredita-se no partido da sua simpatia. Quanto aos intervenientes, consideram que um insulto substitui o argumento.
Tratam-se rápida e reciprocamente de mentirosos, sem se darem conta de que, cá fora, o preconceito ou a sabedoria conduzem rapidamente a uma conclusão unânime: «são todos iguais!», citando António Barreto. São dignos da imagem que deles fez Bordalo Pinheiro.
Vale a pena pensar nisto, para construirmos todos um Portugal melhor!